terça-feira, 19 de maio de 2015

Meu Roteiro de Estudos - Geografia: Brasil - Estrutura Geológica e Formas de Relevo

O Brasil apresenta, em sua estrutura geológica, escudos cristalinos (núcleos cratônicos), bacias sedimentares e dobramentos antigos. O Brasil NÃO apresenta dobramentos modernos. As áreas de escudos cristalinos ocupam cerca de 36% do território brasileiro, são formações da era pré-cambriana. Deles surgiram terrenos arqueozoicos e proterozoicos. 

Nos terrenos proterozoicos, encontram-se as riquezas minerais do Brasil: ferro, manganês, bauxita, ouro, etc. Portanto, o que denominamos Complexo Cristalino Brasileiro formou-se na Era Arqueozoica e é constituído por rochas magmáticas (granito) e metamórficas (gnaisse). 

As nossas bacias sedimentares foram formadas nas eras Paleozoicas, Mesozoica e Cenozoica, elas ocupam mais da metade do território brasileiro e divididas em grandes e pequenas bacias.


Internamente, o Brasil está situado sob o centro da placa tectônica Sul-Americana, isso possibilita uma certa estabilidade geológica ao país, sem risco de grandes terremotos, tsunamis e vulcões. Há indícios de atividades vulcânicas, com derramamento de lava, no final da Era Mesozoica, nas regiões onde hoje são: Poços de Caldas e Araxá em Minas Gerais, e no planalto arenito-basáltico em São Paulo e Paraná.

Os movimentos orogênicos, que deram origens as nossas cadeias motonhosas, ocorreram em épocas da Era Pré-Cambriana. Os dobramentos  mais importantes dessa data são a Serra do Mar, a Serra da Mantiqueira e a Serra do Espinhaço, todas no Sudeste.

Externamente, as principais formas de relevo do Brasil, são planícies, planaltos e depressões. Duas características principais do relevo brasileiros que devem ser lembradas é quanto a sua antiguidade e baixas altitudes.


  • Classificações do Relevo Brasileiro
Aroldo Azevedo: 1940, empregou termos geomorfológicos para denominar visões gerais (planícies e planaltos) e critérios de geologia para classificar as subdivisões, em uma segunda etapa do trabalho.

Para diferenciar planaltos de planícies, ele usou o critério de altimetria, estabelecendo o limite de 200 metros para diferenciar uma forma da outra. Azevedo dividiu o Brasil em 8 unidades de relevo.



Aziz Ab'Sáber: 1958, usou o critério morfoclimático, explicando as formas de relevo pela ação do clima, acrescentou novas unidades ao relevo brasileiro, sendo assim um total de 10. 
Ab'Sáber baseou-se nos processos de sedimentação e erosão para diferenciar planaltos de planícies. Para ele, todas as superfícies onde predominam os agente de erosão são planaltos, e as superfícies que recebem os sedimentos vindo dos planaltos e que tem atuação maior que a erosão, são planícies.


Jarandyr Ross: 1989, propôs uma nova divisão do relevo brasileiro, mais complexa e detalhada, com auxílio de recursos técnicos de cartografia, como sensoriamento remoto e imagens satélites, obtidas ente 1970 e 1985 pelo projeto Radambrasil. Levantou características geológicas, geomorfológicas, hidrográficas, de solo e de vegetação, além do mapeamento completo e minucioso do território nacional, tudo isso proporcionou um visão mais próxima da realidade da verdadeira estrutura do relevo brasileiro.

Ross, considera, além de planaltos e planícies, outra forma de relevo no Brasil, as depressões. 
  1. Planaltos, são formas mais resistentes a erosão e presentes em boa parte do território; 
  2. Planícies, áreas onde são depositados sedimentos recentes, do período Quartenário; 
  3. Depressões, áreas rebaixadas, formadas na Era Cenozoica, por processos erosivos nas bordas das bacias sedimentares.
A classificação de Ross considera 28 unidades de relevo no Brasil e baseada em três maneiras diferentes: morfoestrutural - estrutura geológica; morfoclimática - considerando a ação do clima; e morfoescultural - considera os agentes externos.




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