quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

"Metade calabresa e metade catupiry, por favor!"



Pois é, acabou em Pizza. Com os votos de mais dois ministros dados nesta quinta-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a condenação pelo crime de formação de quadrilha aplicada a oito réus do processo do mensalão. Teori Zavascki e Rosa Weber se juntaram aos votos já proferidos ontem, de Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, e tiraram então condenados como o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares do regime fechado.

a PI-CA-RE-TA-GEM vence mais uma vez

Zavascki iniciou seu voto defendendo que os ministros não precisavam se ater ao que foi decidido na condenação por quadrilha em 2012. Segundo o ministro, trata-se de um novo julgamento. "Em face da ampla devolutibilidade e propiciada pelos embargos infringentes, nada impede que o tribunal promova novo juízo sobre pena aplicada ou reforme o acórdão recorrido", disse Zavascki.

A diferença basilar entre os votos de Zavascki e de outros ministros que absolveram os réus foi justamente que o primeiro defendeu que o crime estaria prescrito, até mesmo pela demora no julgamento da ação. Isso, segundo Zavascki, fica ainda mais latente na “discrepância” na pena-base fixada para o crime de formação de quadrilha e os outros.

Segundo o ministro, "não haveria razão plausível para multiplicar" a pena para quadrilha, considerado crime menos grave do que peculato (desvio de dinheiro público) e corrupção ativa, crimes pelos quais alguns dos réus também foram condenados. "Com todo o respeito, o STF também é falível. Por harmonia interna, proporcionalidade e tratamento isonômico, ele próprio reviu penas exacerbadas", disse. "É uma crítica ao acórdão embargado, mas respeitosa”.

Para Zavascki, não se pode confundir o crime de quadrilha com o concurso de agentes, a chamada coautoria. E para embasar o seu voto, o ministro listou os requisitos na lei para configurar o crime de quadrilha, como haver a criação de uma entidade autônoma com fins para praticar crime e atuação de forma estável. Para ele, "não está demonstrada a presença do dolo específico" entre os condenados por quadrilha no caso do mensalão.

“É difícil afirmar que Dirceu e Genoino tivessem se unido a outros agentes com o objetivo e interesse comum de praticar crimes contra o sistema financeiro nacional ou de lavagem de dinheiro. Da mesma forma não parece verossível que Kátia Rabello José Roberto Salgado tenham conscientemente se unido àqueles dirigentes partidários e políticos com o objetivo único de cometer crimes como corrupção ativa”, disse.

Zavascki argumentou ainda que, na opinião dele, o diagnóstico correto seria o já analisado pela ministra Cármen Lúcia, de que o que houve foi uma reunião de práticas criminosas diferenciadas que tinham como objetivo a obtenção de vantagens indevidas para interesses específicos dos envolvidos, e não perturbar a paz pública.

 

Fonte: portal Terra http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/julgamento-do-mensalao/maioria-do-stf-nao-ve-formacao-de-quadrilha-e-livra-dirceu-do-regime-fechado,91c2591f8a374410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html?ECID=BR_RedeSociais_Facebook_0_Noticia

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Em meio a onda de ataques a ônibus em Fortaleza, Governo do Estado lança o 'Coletivo Seguro'

Já foram oito ataques a ônibus em apenas três dias (FOTO: Reprodução)
Já foram oito ataques a ônibus em apenas três dias

Após onda de ataques a ônibus em Fortaleza, o Governo do Estado divulgou, nesta terça-feira (18), uma nova operação para o combate à insegurança. Chamada de “Coletivo Seguro”, a ação traz uma série de iniciativas para evitar tais ocorrências no transporte público.

O titular Secretaria da Segurança e Defesa Social (SSPDS), Servilho Paiva, ressaltou a importância das ações e da necessidade de a população denunciar pelo 181 (Disque-Denúncia) ou pelo 190 (Ciops). A operação funcionará nas áreas com maior ocorrência e inclui abordagem policial, trabalho de inteligência e revistas periódicas.

Há dois meses a operação era planejada. Entretanto, a será colocada em prática após oito ataques à ônibus, sendo sete incendiados. Sobre esse assunto, o secretário informou que os atentatos são em decorrência de uma disputa entre traficantes e todas as medidas foram tomadas de imediato.

“É uma disputa por espaço de tráfico, no Bairro do Barroso. Os autores foram identificados e cinco já foram presos. Desde o início foram tomadas as providências e demos resposta rápida, identificando e prendendo os autores”, enfatizou o Secretário.

texto retirado: Tribuna do Ceará  http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/fortaleza/apos-onda-de-ataques-onibus-governo-lanca-acao-coletivo-seguro/

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Felipão divulga a última lista antes da convocação final para a Copa (jogadores do futebol brasileiro serão convocados no máximo 5 dias antes do jogo)



O técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, anunciou a convocação dos jogadores que atuam na Europa para o amistoso contra a África do Sul, no dia 5 de março. As grandes novidades da lista foram o lateral-direito Rafinha, do Bayern de Munique, e o volante Fernandinho, que vem tendo excelente temporada pelo Manchester City.

Confira a lista de convocados por Felipão:

Goleiro
Julio Cesar (QPR-ING)

Zagueiros
Thiago Silva (Paris Saint-Germain-FRA)
David Luiz (Chelsea-ING)
Dante (Bayern de Munique-ALE)

Laterais
Daniel Alves (Barcelona-ESP)
Rafinha (Bayern de Munique-ALE)
Marcelo (Real Madrid-ESP)

Volantes
Luiz Gustavo (Wolfsburg-ALE)
Paulinho (Tottenham-ING)
Fernandinho (Manchester City-ING)

Meias
Ramires (Chelsea-ING)
Oscar (Chelsea-ING)
Willian (Chelsea-ING)

Atacantes
Hulk (Zenit-RUS)
Bernard (Shakhtar Donetsk-UCR)
Neymar (Barcelona-ESP)



quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Amor: começo, meio e fim



É certo que o amor começa quase sempre pelo mesmo mecanismo perfeito, preciso, inexplicável que organiza o reencontro inesperado de dois velhos conhecidos numa cidade com seis milhões de habitantes. Do nada. Nasce com a impertinência de uma espinha no rosto da debutante, da noiva ansiosa, da madrinha solteira. No descabimento de um espirro durante o orgasmo, o amor também dá o ar de sua graça. Surge como visita inesperada, resfriado, bolada na praia, multa de trânsito, mamangava, maria-fedida, vagalume, conjuntivite, cabelo branco em adolescente, flor no asfalto, passarinho em escritório.

Sem aviso, o amor rompe a membrana tênue que separa as coisas elevadas, impossíveis, da vida corriqueira e seus acontecimentos rasteiros. Dá as caras à toa, sem mais, como alguém que vai ao mercado, o despertador que não toca, a moça que acorda com raiva, o pobre que acerta na loteria, o tombo da patinadora. Porque o amor pertence à insuspeitada categoria das coisas imprevisíveis. O amor vive no terreno do imponderável. É ali que ele respira, ali ele espera, invisível, seu tempo fortuito e incalculável de vir a ser.

Ah… o amor que adora despertar no desencontro absoluto e na coincidência escandalosa dos números inacreditáveis, na história improvável da moça que passa sete anos sozinha e, dois meses depois de engatar um namoro assim-assim, encontra um moço que viveu os mesmos sete anos casado e há dois meses — os mesmos e inacreditáveis dois meses — encerrou mais uma entre tantas tentativas de amar e ser amado. É, o amor também principia em desarranjo e escárnio divino.

Então, uma vez iniciado, o amor vive sua maior peleja: o meio. Porque difícil não é o começo e nem o fim do amor. É o meio, o que existe entre um e outro lado da história, entre a capa e a contracapa, a frente e o verso. O morno que um dia foi água pelando e no outro será gelo e indiferença. A segunda, terça, quarta e quinta feiras de todo amor.

Quando chega ao meio é que o amor se põe à prova. E só sobrevive a esse terreno esburacado e enganoso o amor dos amantes operários. O amor trabalhador. Porque é de subidas dolorosas, descidas traiçoeiras e retas sonolentas que se compõe esse meio-caminho.

Quem aprende a ficar e se manter de pé, a cair e levantar nesse território impreciso vive o amor em sua face mais primorosa. O amor parceiro de quem se sabe disposto a caminhar rumo ao inferno para estar ao lado do outro, ou na frente, ou atrás. Porque só quem sobrevive às trevas há de entrar no paraíso.

No meio do amor, é preciso perder o medo de se arrebentar inteiro no campo minado do dia a dia. Ali, os casais caminham com cuidado para não pisar em nenhuma mina, ora sabendo, ora não, que se um o fizer os dois serão atingidos na explosão, tão perto estão um do outro.

A quem supera essa fase é reservado um regalo sublime, bônus do exercício maravilhoso de amar: as lembranças. Vagas e adocicadas lembranças de longas conversas tarde da noite, ouvindo a cidade dormir lá fora. As memórias de viagens e festas, sábados de cinema, domingos de churrasco, segundas a sextas de trabalho, planos e sonhos. As reminiscências, tão sublimes quanto os instantes que as originaram. Afinal, seja qual for o tamanho do meio, um dia o amor chega ao fim.
Nesse dia, a decência dos amantes é medida pelo tamanho de seu desprendimento e de sua capacidade de engolir o pranto e dizer “adeus, seja feliz”. Porque só merece as dores e as delícias do amor aquele que um dia saiba deixar o outro ir em frente. E que aprenda a estar só novamente e a guardar a dor consigo até a dor passar, como as antigas personagens de desenho animado que engolem bananas de dinamite acesas.

No amor, que também ama a lógica, depois do começo e do meio vem o fim. Tempo em que ele se arrasta entre migalhas, restos e sobras. Como o guaraná que perde o gás, a cerveja que esquenta, a goiaba que passa do tempo e deixa a casa inteira com cheiro de quintal, é certo que o amor também acaba como começou. Do nada. Em nada, como uma estranha sombra pálida e triste, sinal agudo de que seu tempo já foi e de que é hora de seguir em frente para, tomara Deus seja logo, começar tudo de novo e de novo outra vez.

texto retirado de:  - http://goo.gl/jx7CS1

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

— ''Mãe no céu tem Touchdown?!'' Aí os Broncos morreram!

O quarterback Russell Wilson comemora a vitória do Seattle Seahawks (Foto: Getty Images)

Com direito a um show de recordes negativos neste domingo (2), Peyton Manning deu adeus ao sonho do segundo anel do Super Bowl ao ver o Denver Broncos ser superado por nada menos do que 43 a 8 pelos rivais do Seattle Seahawks.

A partida, realizada em New Jersey, foi comandada pela equipe dona da melhor defesa do ano desde o início. Na verdade, desde a primeira jogada. No primeiro snap do jogo, o ataque do Broncos errou e acabou cedendo um saffety, que rendeu dois pontos para o time de Seattle.

A partir daí, o passeio só amentou, e, ponto a ponto, os Seahawks deixaram claro que tinham armas suficientes para anular as jogadas de Manning, apontado como um dos melhores quarterbacks da história da NFL.

Por sinal, embora tenha feito sua melhor temporada, Peyton voltou para casa com um dado horrível para o seu currículo. Com 12 derrotas em jogos após a temporada regular, o jogador se tornou o quarterback mais derrotado da história da liga de futebol americano.

Aos 37 anos, o líder do Denver Broncos, que fez fama e carreira jogando pelo Indianapolis Colts, chegou a sua terceira final da liga de futebol americano, em carreira que conta com ~apenas~ um anel de Super Bowl, pouco se comparado aos números apresentados pelo atleta ao longo dos últimos 16 anos.

Para chegar aos números finais da partida, a 48ª edição do Super Bowl contou com lances bizarros. Além do saffety, um touch down de retorno e cinco turn overs garantiram o tom de drama ao Denver Broncos.

Dentre os números assustadores para o time derrotado, vale ressaltar que os 22 a 0 anotados no primeiro tempo registraram a maior diferença da história de uma final da liga de futebol americano.

Assim como a derrota garantiu a quinta derrota do Broncos no Super Bwol, recorde da liga para a equipe que conta com dois títulos. Curiosamente, quatro das cinco derrotas foram registradas com a camisa laranja, que ganhou ainda mais fama de “zica” para a cidade de Denver.

Como ponto positivo, Manning anotou 33 passes completos neste jogo, recorde histórico para um final da liga de futebol americano.

peyton manning Denver Broncos x Seattle Seahawks super bowl (Foto: Getty Images)

Zach Miller Pete Carroll Denver Broncos x Seattle Seahawks (Foto: Getty Images)